“Não se consegue nada sozinho”, diz a psicóloga Suzy Fleury, conhecida por ter trabalhado em times de futebol, inclusive na seleção brasileira.
Um ótimo exemplo é o técnico de voleibol Bernardinho. Nas equipes dele, geralmente, não existem um jogador que se sobressaia muito além dos outros.
O médico e ex-jogador de futebol, Sócrates, afirma que “é preciso muito mais do que talento. Você precisa ter autocontrole e autoconhecimento”. Sem dúvida, tais atributos podem ser despertados pela liderança. “Os melhores líderes com quem trabalhei foram aqueles que souberam e tiveram a sensibilidade necessária para perceber as falhas e as forças do grupo”, completa o jogador.
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Em entrevista à revista “Profissional & Negócios”, Dunga, palestrante, ex-jogador e atual técnico da seleção brasileira responde às perguntas:
Como surgiu a vocação de ser líder e o que isso significa?
“Aconteceu naturalmente. Uma coisa que sempre tive comigo é uma lição de que ninguém vence sozinho. Nós precisamos sempre reunir pessoas melhores que nós, que nos superem e tentar trabalhar para um objetivo comum. Fazer uso da Liderança como um instrumento para atingir as metas. Só ser líder não basta. Isso serve para as empresas e seus colaboradores também.”
Na sua visão, qual é a melhor forma de se liderar?
“Há várias formas, mas acho que a humildade deve guiar qualquer pessoa. Para mim, a melhor maneira de fazer com que o grupo esteja comprometido é quando você passa a ser liderado pelo grupo. Precisa ter consciência de que você é importante, mas não indispensável – Quando você tem um foco apurado e sabe o que quer, nada detém você. Para alcançar isso, é preciso que você faça uma auto-análise, tenha humildade, saiba receber as críticas que são boas e ajudam a evoluir e descartar as maldosas, e aí então, tentar reverter a situação.”
Que semelhanças você enxerga entre o mundo corporativo e o mundo esportivo?
“Tudo se relaciona de uma forma ou de outra. Acredito que tanto no esporte quanto no ambiente organizacional as avaliações desembocam em resultados. Por mais que o discurso seja outro, porque a gente fala de inúmeras teorias, fantasiando a realidade, no final, o que conta é o resultado.”
Edson Rodrigues, autor do livro “Futebol para executivos”, relata algo extremamente importante para que se entendam as dinâmicas de trabalho em equipe. “Tanto a liderança quanto os próprios colaboradores precisam ter ciência que tudo é uma engrenagem e todos são importantes, mas há peças que são mais caras do que outras.”
É justamente aí que muitos líderes acabam atraindo problemas para suas equipes, porque mesmo que todos devam ter tratamentos iguais, é preciso mostrar para todos que cada um deles tem uma característica única, e isso naturalmente difere uns dos outros.
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